Foto: Reprodução
Projeto arquitetônico para substituir a tenda da vigília permanente da Kiss foi apresentado no encerramento das homenagens
Os últimos atos das homenagens aos seis anos da tragédia da boate Kiss - que aconteceu no dia 27 de janeiro de 2013 e culminou com a morte de 242 pessoas e mais de 600 feridos - aconteceram na noite de domingo, na Praça Saldanha Marinho. A programação foi aberta com a exposição de fotos da jornalista Alice Pavanello e do fotógrafo Dartanhan Figueiredo.
No início da noite, foi lançada uma revista científica com artigos e trabalhos científicos que usaram o caso da boate. Também foi apresentado o projeto que vai substituir a tenda com os nomes das vítimas, na Praça Saldanha Marinho.
Foto: Janio Seeger (Diário)
Exposição de fotos com a jornalista Alice Pavanello e o fotógrafo Dartanhan Figueiredo ocorreu na tarde deste domingo
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De acordo com o professor Adriano Falcão, coordenador da Pós-graduação da Área Tecnológica da Universidade Franciscana (UFN), trata-se de um mobiliário urbano com bancos e luminárias em que vão predominar os materiais acrílico e o concreto, representante a dualidade entre o plano físico e espiritual. O projeto seria instalado no mesmo local onde hoje está a tenda.
O professor, que liderou a criação do projeto, junto com os alunos Guilherme Marques dos Santos e Murilo Marques Flores, explicou que o espaço deve servir não só para as vigílias dos familiares, mas também para a comunidade.
- A ideia é que este espaço não seja usado somente pelos familiares, mas também pela comunidade. O projeto prevê que sejam mantidos os nomes das vítimas e que seja construído um outro painel com um texto contextualizando a presença dos nomes ali. O nome do projeto é Dualidade, justamente porque traz a concepção do plano físico pelo concreto e essa existência do etéreo, por meio do acrílico - explica Falcão.
Segundo o vice-presidente da Associação dos Familiares de Vitimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM), Flavio Silva, os familiares vão procurar o setor de análise de projetos do município para fazer pedido de licença para a construção do mobiliário público. Depois disso, a associação orçar o custo da obra e em seguida, captar doações.
- Falamos o que queríamos, a importância que aquele local tem para a gente, a questão que gostaríamos que o público também se apossasse do espaço e eles acertaram em cheio - contou Silva.
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